Grande expectativa do evento, que comemora dez anos do curso de graduação da UFF, é a mesa composta por ex-alunos
O plenário da Câmara de Vereadores de Nova Friburgo ficou lotado na manhã desta sexta-feira (13/09). Só que, desta vez, o motivo não foi a discussão de projetos de lei para o município, mas sim a realização da I Jornada de Fonoaudiologia do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF), unidade de ensino superior da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Desde às 8h da manhã, cerca de duzentas pessoas, dentre organizadores e participantes, acompanham palestras, apresentações e workshops promovidos por alunos da Liga Acadêmica de Fononcologia (Liafonco). O evento é parte das comemorações do aniversário de dez anos do curso de graduação da instituição. A grande expectativa dos participantes é pela abertura da mesa que será composta por ex-alunos da UFF.
“É a realização de um sonho mesmo. Ver tudo o que planejamos no papel virando realidade. Estamos todos exaustos, mas se não fosse a dedicação de toda a nossa equipe da Liafonco e o apoio dos nossos professores, não conseguiríamos fazer esse evento lindo que está acontecendo aqui”, comenta Caroline Machado, aluna que presidiu a comissão organizadora.
Local maior
De acordo com a estudante, a ideia é realizar uma jornada por ano, nos mesmos moldes, mas em local maior em função da grande demanda de público.
“Nossa expectativa era baixa, mas lotamos a Câmara Municipal, onde só cabem 136 pessoas, mas alugamos cadeiras, porque a procura foi enorme. As inscrições se esgotaram quinze dias antes do evento e, até ontem à noite, ainda estávamos recebendo pedidos de inscrição que, infelizmente, tivemos que recusar. Nosso planejamento é realizar a próxima jornada no Teatro Municipal de Nova Friburgo”, adianta Caroline.
Mesa de egressos
Uma das grandes expectativas da jornada é a mesa que será composta por ex-alunos do curso de graduação de Fonoaudiologia do ISNF, como Angélica Hottz, Vivian Neves, Andreza Gonçalves, Tayane Frez e Guilherme Zica.
Todos eles já acumulam conquistas na carreira profissional. Angélica Hottz ganhou o Láurea Acadêmica da Universidade Federal Fluminense – um dos mais importantes da instituição – e é fonoaudióloga do Centro de Assistência Psicossocial Infantil da Prefeitura de Nova Friburgo. Vivian Neves também recebeu o Láurea Acadêmica da UFF, é mestre em Saúde Coletiva pela mesma universidade e ainda ocupa o cargo de Conselheira Efetiva da atual gestão do Conselho Regional de Fonoaudiologia do Estado do Rio de janeiro.
Andreza Gonçalves também foi agraciada com o Láurea Acadêmica. Já Tayane Frez é fonoaudióloga do Lar Abrigo Amor a Jesus, mais conhecido como Laje, uma instituição de longa permanência para idosos de Nova Friburgo. Guilherme Zica é mestrando em Distúrbios da Comunicação Humana na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e é o fundador da Liga Acadêmica de Fononcologia, idealizadora da I Jornada de Fonoaudiologia do ISNF.
“Sou da primeira turma do curso de fono da UFF. Então, participar desse evento é uma honra, é um prazer imenso poder voltar e contribuir para essa mesa, contando um pouco da construção profissional do fonoaudiólogo. Vamos contar um pouco das nossas experiências, trajetórias, sobre todos os nossos desafios e as nossas conquistas. Enfim, estamos aqui para mostrar nosso olhar sobre o mercado de trabalho e as potencialidades da profissão”, afirma Vivian Neves, integrante da mesa dos egressos.
“O senso comum tem a ideia de que a Fonoaudiologia cuida apenas de gagos e surdos. Ou seja, questões muito pontuais. A partir da minha formação, eu percebi o quanto a Fonoaudiologia é ampla. É a ciência que cuida da comunicação humana e isso permeia todas as atividades. Foi quando eu vi um pouco das múltiplas possibilidades de atuação, dos múltiplos saberes presentes na nossa graduação”, conta Vivian, presente no local desde a abertura do evento.
Continuidade
De acordo com Simone Barreto, professora responsável pela jornada, o sucesso do evento traz a esperança de que os alunos se unam, para que encontros semelhantes sejam realizados nos próximos anos.
“A partir dessa iniciativa que partiu da Liga de Fononcologia, a gente espera que os alunos deem continuidade a esse processo. Soubemos que eles já estão se organizando em outras ligas acadêmicas. Acredito que os próximos eventos serão realizados com esse olhar mais plural, com a participação de outros alunos”, revela Simone, afirmando ainda que o grande aprendizado da I Jornada de Fonoaudiologia foi conseguir integrar todo o corpo docente e discente em torno de um grande evento.
Andréia Oliveira, fonoaudióloga formada pela Universidade Veiga de Almeida, lembrou a importância da jornada na formação dos futuros profissionais.
“É importante para quem está se formando, pela interação das diversas áreas, porque traz a experiências dos profissionais que já estão no mercado de trabalho. Uma coisa é o aluno ter a teoria e outra coisa é a prática. Um evento como esse enriquece a formação do futuro fonoaudiólogo”, afirma Andréia.
