Especialista relata que estudos recentes enfatizam os impactos do transtorno na vida cotidiana
O assunto era Autismo, mas o professor, mestre e doutor em Psicologia do Desenvolvimento, com um vasto currículo lido pelo entrevistador William Kitzinger, teve a preocupação de incluir na roda de conversa as pessoas que não podem enxergar o que a câmera mostrou naquela manhã do dia 4 de setembro de 2024.
“Eu uso barba, estou com uma camisa preta e tô num cenário muito bonito da Universidade Federal Fluminense, num gramado. Atrás de mim, tem um prédio histórico”, iniciou Carlo Schmidt um bate-papo leve, de apenas 16 minutos, mas que pareceram durar mais, pela quantidade e qualidade das informações gratuitamente disponibilizadas ao público.
Carlo estava certo. O ambiente em que transcorreu a entrevista não poderia ser mais convidativo ao debate sobre saúde, inclusive a mental. Ali funciona o Instituto de Saúde de Nova Friburgo, unidade de Ensino Superior e Centro de Excelência em Pesquisa Científica da Universidade Federal Fluminense (UFF) no município.
“Chamava-se Autismo Infantil. Os primeiros sinais acontecem na infância, de fato. Depois a pessoa vai adquirindo algumas habilidades e vai mudando o perfil. Os traços de autismo são ao longo da vida inteira”, afirma o pesquisador, ressaltando que o enfoque atual é na transição da escolarização para o mercado de trabalho e também na vida autônoma do autista.
O especialista relata ainda os dramas vividos por quem tem o transtorno, como o Bullying e a não inclusão, tanto no mercado de trabalho quanto no ambiente universitário.
“Autistas passam por bullying e por sofrimento psíquico”, conta.
A entrevista produzida por William Kitzinger, no contexto do projeto Saúde c(ON) Ciência, é um convite à reflexão sobre a humildade, sobre o cuidado com a saúde mental e a inclusão das pessoas com deficiência. Para assistir, basta clicar AQUI.